Karine Baiotto
Migrate Company Sistemas de Informação – Três de Maio
Ingressei no Curso Técnico em Informática (CTI) no primeiro semestre de 2005, juntamente com o 1° ano do Ensino Médio. Quando iniciaram as aulas me perguntei o que eu estava fazendo naquela sala cheia de computadores e alunos dos diversos lugares, não sabia por onde começar, mas tinha certeza que acima das dificuldades a sede do conhecimento era o maior incentivo. O tempo foi passando, os conteúdos tornando-se mais técnicos e as responsabilidades aumentando, o que fez a turma de quase 40 alunos ir diminuindo. Entre os que continuavam, havia uma ajuda mútua, de forma que próximo as apresentações de banca para análise do aprendizado semestral as noites eram viradas. Tudo acabava fortalecendo os laços de amizade. A cada dia buscávamos aumentar as experiências, sem se importar em pedir o auxílio dos professores, mesmo sendo uma, duas ou mais vezes, até ter firmeza no que eu estava desenvolvendo. Após o primeiro ano de freqüência, o curso já proporcionava componentes mais específicos, os quais comecei a “pegar gosto”, como desenvolvimento de sistemas e construção de sites para Web. Foi à melhor fase, pois todos os colegas puderam se focar em uma área de interesse.
Além do aprendizado, tínhamos momentos de lazer, onde reuníamos a turma a cada finalização de banca, para uma confraternização, na casa dos professores e amigos. Também durante os 3 (três) anos de curso, organizamos uma viagem de estudos e diversão, onde pudemos conhecer grandes empresas de TI no estado de Santa Catarina. Foi aí que para muitos “caiu à ficha”: o mundo da informática era imenso e fascinante, e a percepção de entrar ao mercado de trabalho na área de TI começou a surgir com mais intensidade na minha vida.
Ao final do ano de 2007, apresentei a banca final dos componentes curriculares, onde tinham profissionais avaliando. Após muito trabalho, muitas informações, conhecimento das diversas áreas, crescimento pessoal, iniciava uma nova busca e uma grande luta: o estágio! Tinha muitas dúvidas: como eu faria, aonde eu iria, em que área queria seguir...
Primeiramente, participei de uma seleção para empresa de Ijuí, onde era necessário desenvolver um sistema utilizando a ferramenta Delphi e, para a minha surpresa, fui classificada e escolhida para o cargo. Com uma semana para responder, a proposta da empresa levaria uma mudança de cidade, dificultando minha situação financeira porque havia já passado no vestibular em Sistemas de Informação na SETREM. Então decidi ficar em Três de Maio e correr atrás de uma oportunidade aqui mesmo. Procurei no Hospital São Vicente de Paulo, passei, onde existia uma vaga não remunerada na área de informática. Agarrei esta chance, ajustei os papéis e comecei no outro dia a desenvolver um sistema de RH para o setor de Recursos Humanos. Durante este período, também participei no projeto de uma parceria entre SETREM e Migrate Company, denominado Novos Talentos. A empresa abriu novas vagas e os alunos participantes do projeto também foram entrevistados, onde para minha alegria, dos mais de 20 candidatos, fui selecionada para área de suporte técnico. Assim comecei a fazer o estágio dentro da empresa e continuei desenvolvendo o sistema do Hospital nas horas de intervalo.
Depois dos 6 messes de estágio, com uma enorme bagagem de conhecimento, crescimento profissional e muitas responsabilidades, ainda precisava me apresentar perante a banca de estágios. Preparei-me para apresentar o sistema desenvolvido em Genexus no projeto Novos Talentos, o sistema de RH para o Hospital São Vicente de Paulo e ainda minhas atividades de Suporte na empresa Migrate Company. Eram tantas informações que cheguei sentir medo, mas ao final de tudo foi um sucesso, fui elogiada em banca devido às condições que entrei no curso e como eu estava finalizando, uma profissional na área.
Em setembro de 2008, realizou-se a formatura do CTI, recebi uma ótima notícia, fui avaliada Aluna Destaque do Curso Técnico em Informática, chorei, sorri, agradeci aos professores, aos amigos e com orgulho aos meus pais, que me proporcionaram este estudo, hoje posso afirmar: dificuldades todos têm, problemas encontramos a cada dia, mas o necessário é força, determinação e vontade para querer crescer e ser um profissional valorizado.
Posso afirmar hoje, que o CTI foi onde pude aprender, conhecer, valorizar e dar o passo inicial a minha carreira, nesta vasta área da tecnologia da informação. Em 2010 fez dois anos que estou trabalhando como colaboradora da Migrate Company Sistemas de Informação, e sou acadêmica em Sistemas de Informação – SETREM.
